Já ouviu esse ditado? “QUEM NADA ESPERA, NADA OBTÉM…”

Feliz o homem que espera em Deus, diz o Espírito Santo. A falta de esperança produz a falta de virtude.

Retende ainda este grande princípio: quem nada espera, nada obtém; quem espera pouco, obtém pouco; quem espera tudo, obtém tudo.

A misericórdia de Deus é infinitamente maior do que todos os pecados do mundo. Não devemos, portanto, deter-nos considerando na nossa miséria; mas lançar-nos sempre no seio da divina misericórdia.

Por isso São Tomás de Villa-Nova vos pergunta: “Que temeis? O juiz que devia condenar-vos é Jesus Cristo, que morreu na cruz para não vos condenar”.

Os nossos pecados e as nossas misérias devem causar-nos desgosto; mas não espantar-nos, nem fazer-nos perder a coragem.

Quando São Pedro rogou a Nosso Senhor que se afastasse dele, que era pecador, Jesus disse-lhe: “Não temas – noli timere”. Santo Agostinho observa que nas Divinas Escrituras a esperança e o amor são sempre preferidos ao receio.

São até nossas fraquezas, como fala São Francisco de Sales, que elevam o trono da Divina Misericórdia; pois que, se não houvessem fraquezas, não haveriam pecados a apagar; Deus seria misericordioso em si mesmo, porém não fora de si, porque não teria onde exercer sua misericórdia.

É por isso que Nosso Senhor Jesus Cristo afirma formalmente que veio ao mundo, não para os justos, mas para os pecadores.

Ainda que Deus não ame as nossas faltas, ama contudo as nossas pessoas. Uma terna mãe vê com desprazer as misérias de seu filho, mas ama este filho, lamenta-o e assiste-lhe, e quanto mais lhe agrava a sua enfermidade, mais cuidados ela lhe prodigaliza.

São Paulo escreve que temos um pontífice amante, que sabe compadecer-se das nossas enfermidades: é Jesus Cristo, nosso irmão e nosso mediador. Quanto mais enfermo me vejo, tanto mais esperança tenho no meu soberano médico.

Não vos inquieteis por causa de vossa predestinação. Ela está nas mãos de Deus; está portanto mais segura do que se estivesse nas vossas.

Aquele que teme em excesso ser condenado, denota, segundo São Francisco de Sales, que precisamais de humildade e de submissão do que de razão.

Por isso, sendo tentado da desesperação, São Bernardo respondeu ao demônio: “Não mereço o paraíso, mas Jesus o mereceu para mim”; Ele não precisa dos seus merecimentos, amontoou-os para mim, cedeu-os , e eu salvar-me-ei nEle e por Ele.

Estendei os vossos desejos a grandes coisas e a grandes virtudes; porque, segundo Santa Teresa, Deus ama as almas generosas, com tanto que elas desconfiem de si mesmas.

O demônio procura fazer-nos acreditar que é orgulho termos vastos desejos e querer imitar os grandes santos; mas não acrediteis nos seus enganos.

A alma tira uma grande força destas aspirações para um fim elevado: e além disso, o demônio ri-se das almas irresolutas e pusilânimes. É o pensamento da seráfica Santa Teresa.

Fonte: retirado do livro “Direção para sossegar nas suas dúvidas: as almas timoratas” do Rev. Pe. Quadrupani.

Fonte: Associação apostolado do Sagrado Coração de Jesus

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