DIA DE NOSSA SENHORA, POR EXCELÊNCIA…

Sábado é dia de Nossa Senhora, por excelência. Não esqueçam de rezar o Terço!

Virgem com Menino

Muito bem escreveu Dante Alighieri quando fez São Bernardo dizer este louvor à Santíssima Virgem Maria: “In te misericordia, in te pietate/ in te magnificenza, in te s’aduna/ quantunque in creatura è di bontate”(1) , como também se canta Liturgia da Igreja em honra da Divina Mãe.
Qualquer bondade que haja nas criaturas se encontra também em Maria Santíssima. A doçura é uma das coisas boas mais preciosas e belas nas criaturas. A doçura e a amabilidade, a suavidade e a mansidão, a delicadeza e a fineza..., todas elas parecem serem palavras, de alguma forma, sinônimas entre si. Uma das frases de Jesus diz: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração...”(2) . E Ele quis retratar-se, de fato, no cordeiro manso que se deixa tosar e até mesmo sacrificar, sem aos menos se queixar... A doçura, então, é uma característica de Jesus. Mas Jesus recebeu sua doçura de sua divina Mãe!
Quanta doçura, portanto, possuía Maria Santíssima?... Quem pode medi-la?... Pensemos na doçura de um anjo, na doçura do sorriso de uma menininha, na doçura dos beijos de uma mãe em seus filhos... Pensemos na doçura de um doce coberto de mel, na doçura da lua no céu estrelado, na doçura das campinas salpicadas de florzinhas... Se pense na doçura suave de cartas músicas, de certos crepúsculos, de certas poesias, de certos rostos das Madonas do Século XV...
Pois bem, todas essas doçuras, transfiguradas, se encontram reunidas em Maria Santíssima, a criatura “cheia de graça”, que nunca cessou de atrair as almas em todo o mundo, desde que apareceu sobre a Terra como uma Aurora de uma beleza sublime e encantadora. Parece realmente que Deus reuniu em Maria toda doçura, todas as doçuras possíveis, e o fez revestindo Maria de uma dupla Maternidade: aquela divina e aquela humana, para ser a terníssima e dulcíssima Mãe de Jesus e de todos os homens seus filhos.
Pode-se até dizer que, por vezes, basta pronunciar simplesmente o nome de Maria para descobrir nele tanta doçura para a nossa alma. O mesmo acontecia com todos os santos e as Santas, com todos os verdadeiros devotos de Nossa Senhora, mas também, e talvez até mais, com os muitos pecadores arrependidos que, tocados no coração pela divina Mãe, choraram amargamente, mas também com tanta doçura íntima, os seus pecados e crimes, encontrando em Maria a Mãe mais suave e solícita da conversão e salvação deles.
Não deveríamos todos nós nos deixar atrair pela doçura materna de Nossa Senhora? Não deveríamos também nós nos esforçar para imitar a sua doçura tão materna? Não sentimos nós a exigência de retribuir a doçura de Nossa Senhora com a nossa doçura?
É sabido que o oposto da doçura é a amargura, e quantas vezes nós oferecemos a Nossa Senhora muitas amarguras, e apenas amarguras! Pensemos, de fato, nas amarguras dos nossos pecados e defeitos, das nossas negligências e descasos de todos os dias com as quais damos desgostos à Virgem Maria sem sequer pensar nisso ou nos importarmos. Somos capazes de nos tornar até duros ou indiferentes diante de sua Maternidade terníssima e dulcíssima!
Peçamos a Nossa Senhora que nos obtenha as graças do arrependimento pelos nossos pecados, do firme propósito de não fazê-la sofrer mais, do sincero empenho diário de filhos determinados a não lhe oferecer mais as amarguras de nossas culpas e infidelidades, mas as doçuras de nossos atos de virtude, de nossos generosos sacrifícios, de nossos humildes, mas sinceros “fioretti”(3) , dulcíssimos para o Seu coração de Mãe dulcíssima.
Padre Stefano Maria Manelli FI(4)
Fonte:
http://migre.me/f0ETl.

Giovanni Battista Salvi da Sassoferrato
Tradução: Pale Ideas.
Fonte: Vaso Honorabile.

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