CRUZ, SINAL DE VITÓRIA

Cruz, sinal de vitória

Um grande sinal de vitória!  Sim, a Cruz, que na antiguidade era um humilhante instrumento de morte e sofrimento, depois de Cristo passou a ser o centro da espiritualidade católica e sinal de vitória sobre a morte e o pecado.
Nós estamos entrando na Quaresma, período de preparação para a Semana Santa, quando recordaremos a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A Sexta-Feira Santa, dedicada a celebrar a Paixão do Senhor, é o dia por excelência para a Adoração da Santa Cruz.

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Entretanto, devemos levar em consideração que a nossa devoção em relação à Cruz deve ser iluminada pela esperança da Ressurreição. Afinal, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo são acontecimentos inseparáveis no plano de salvação de Deus para a humanidade.
Por isto a Cruz é, para nós cristãos, a verdadeira expressão do triunfo sobre o poder das trevas e, por todos esses motivos, ela é frequentemente apresentada com ornamentos e esplendores dourados em sua volta.
A cruz é também um sinal de bênção, tanto que o sacerdote traça uma cruz no ar ao abençoar pessoas e objetos; e os fiéis fazem o sinal da cruz ao receberem a bênção.
Na Antiguidade, a morte na cruz era considerado o mais atroz e humilhante dos castigos, reservado principalmente aos escravos, malfeitores, assassinos e ladrões, cuja punição pública serviria de exemplo para todo o povo. Esta foi, precisamente, a morte que Cristo permitiu para Si, para nos redimir da escravidão do pecado.
Para os primeiros cristãos, a cruz conservava ainda seu terrível significado, a ponto de se terem passado vários séculos antes de aparecerem as primeiras representações do Salvador pregado nela. Tal sentimento via-se acrescido pelo fato de os membros da Igreja nascente terem visto inúmeros cristãos sofrer este tipo de martírio, durante as sangrentas perseguições promovidas pelos imperadores pagãos.
Por isto, nos séculos II e III os fiéis preferiram adotar a imagem do peixe como representação de Cristo. Mas, a partir do século IV, a cruz começou a ser amplamente usada pelos cristão.
Por ocasião da batalha de Ponte Mílvio, no ano 312, o exército de Constantino viu uma cruz luminosa brilhar nos céus, circundada pelos dizeres Com este sinal vencerás.
Durante a noite, segundo a tradição, Jesus apareceu em sonhos a Constantino, pedindo que adotasse a cruz como símbolo de seu exército. Na manhã seguinte, o jovem general mandou gravar a cruz de Cristo nos estandartes de seus soldados e alcançou a vitória sobre os seus inimigos.
Um ano mais tarde, o Imperador promulgou o Edito de Milão, que deu liberdade para a Igreja Católica.
Depois disto, o uso do símbolo do peixe foi diminuindo gradualmente e cedeu lugar à cruz. Foi justamente nessa mesma época que se instituiu o atual sinal-da-cruz.
À medida que o Império Romano foi se convertendo ao cristianismo, entre as ruínas do paganismo, surgiu um mundo novo, banhado pela luz do Evangelho.
A partir daí vemos a Cruz ornando as coroas dos reis e imperadores, brilhando com esplendor no peito dos bispos e presidindo solenes liturgias. Vemo-la elevada sobre as torres das igrejas e catedrais, plantada no meio de silenciosos claustros; vemo-la ainda nas mãos incansáveis do missionário, carregada sobre os fatigados ombros do penitente, osculada pelos lábios trêmulos do pobre e do moribundo... A Cruz de Cristo atraiu todos os povos, marcou os tempos e a eternidade!
Desde esses tempos, a Cruz é o símbolo dos seguidores de Cristo, o sinal da vitória.
Não se trata de um amuleto ou talismã com poderes mágicos; a cruz é o sinal dos cristãos por tudo quanto significa e devemos levá-la com piedade e devoção, como testemunho de nossa Fé.

Fonte: http://www.acnsf.org.br/news/56807/Cruz--sinal-de-vitoria.html

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