NOSSO SENHOR ENSINOU TODA A HUMANIDADE A REZAR COM PERFEIÇÃO…

Eis o que Ele ensinou:

Nosso Senhor ensina os discípulos a rezar - a Oração do Pai-Nosso é uma perfeita lição de como se deve rezar corretamente.

São Paulo, ao escrever a seu discípulo Tito, assim se expressou sobre a vinda do Salvador:

Apareceu a benignidade e a humanidade de Deus Nosso Senhor” (Tit. 3, 4).

Nosso Senhor não deixou transparecer claramente a sua benignidade divina durante a sua vida humilde na casa de Nazaré.

Mas, quando iniciou sua vida pública na qualidade de Mestre e Salvador, de toda a sua figura humana irradiava a bondade do seu coração, transmitindo-se aos homens.

Um quê de sobrenatural e divino desprendia-se do seu olhar, a majestade do seu porte, a suavidade da sua voz, o seu modo compadecido para com os pobres e doentes cativaram-lhe os corações de todos.

Eis que Pedro, André, Tiago e João, acompanhando-o sempre, atraídos pela sua voz, abandonaram suas redes, Mateus deixa os seus interesses pecuniários para seguir a Jesus e assim milhares procederam; esquecidos do alimento e da bebida, tudo deixaram para segui-lo no deserto. Como nos atrai e edifica a benignidade e a humanidade de Cristo!

Ainda mais atraente se mostrava quando se entregava à oração.

Que quadro deslumbrante ao contemplar Jesus em oração! Jesus falando com seu Pai! Os próprios Anjos sentiram-se encantados, permaneceram, imóveis e silenciosos, admirando o Filho de Deus em oração.

Os apóstolos, impressionados com a atitude respeitosa do Mestre, procuravam gravar na sua alma o semblante, sentindo um desejo imenso de rezar com ele. Certo dia, acercaram-se do divino Mestre; tímidos e confiantes lhe disseram:

“Mestre, ensinai-nos a rezar”.

Oh! Que harmonia deliciosa foi para Jesus ouvir estas palavras, como ecoaram de um modo maravilhoso no seu Coração! Carinhosamente os atendeu, dando-lhes antes uma bela instrução:

“Quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, ora em secreto a teu Pai; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E quando orais, não useis de muitas palavras, como os gentios; pois eles cuidam que serão atendidos pelo seu muito falar. Portanto, não vos assemelheis a eles; porque o vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais” (Mt. 6, 6-8).

Que santa instrução, instrução de máxima importância, encerraram estas palavras, contendo os mais sábios ensinamentos. Não usar de superabundância de palavras.

Não se sobrecarregar com muitos compromissos, os quais muitas vezes não podem ser satisfeitos. Muitos pensam ser agradável a Deus quando o seu nome figura em diversas associações, em todas que existem se possível for. Tudo deve ser feito com relativa moderação.

As associações e irmandades são todas boas e úteis, mas não o são igualmente a todas as pessoas. É necessário escolher, assumir poucos compromissos, mas que estes poucos sejam fielmente observados. Uma Ave-Maria, rezada com todo o fervor, vale mais que uma dezena rezada sem a devida atenção.

Depois, o divino Mestre acrescenta:

Assim, pois, é que deveis orar: Pai nosso, que estais no céu; santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; e perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém”.

Quanta sublimidade está incluída nesta oração, quantos sentimentos nobres. É possível encontrar fórmula mais simples e que contenha maior elevação divinal de pensamentos? Só o Coração de Jesus pode nutrir pensamentos tão elevados, e só seus lábios poderão pronunciar palavras
tão belas.

Essas poucas palavras revelam de forma precisa quais os sentimentos com que devemos fazer uma oração bem feita.

Sem nos deter na explanação dos diversos pedidos, notamos no entanto como esta pequena e simples oração possui todas as qualidades de uma oração bem feita: fé, reverência e confiança: Pai nosso, que estais no céu.

Amor de Deus: santificado seja o vosso nome. Interesse pela glória de Deus e pelo bem de nossa alma: Venha a nós o vosso reino, o reino do vosso amor e da vossa graça. Resignação à vontade de Deus: Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.

Humildade e confiança filial: o pão nosso de cada dia nos daí hoje. Arrependimento e generoso perdão aos nossos inimigos: perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos.Reconhecimento humilde de nossa fraqueza e impotência: Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

Efetivamente, esta oração é sublime na sua simplicidade divinal, modelo único de toda oração. Concentração de tudo o que de mais nobre pode encerrar em pensamentos e sentimentos.

Quem reza com as intenções que se acham contidas no padre nosso, faz ótima oração, a qual, elevando-se em espirais perfumadas, sobre ao trono de Deus, como incenso puro que se costuma espargir sobre os altares, alcançando-nos graças em abundância.

Frequentemos a escola de Jesus, nosso Mestre. Procuremos aprender dele a sentir, a apreciar a sublimidade da oração, e acharemos cada dia maior prazer em praticá-la e pouco a pouco ela se tornará numa inefável delícia para a nossa alma, que jamais dispensaremos.

Fonte: retirado do livro “Assim deveis rezar” de “Mariófilo”.

Fonte: Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

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