DEUS É O NOSSO DIVINO PROVEDOR - Parte III

Confie a Ele todas as necessidades!

A confiança, como acabamos de descrevê-la, não nos desobriga da prece.
Nas necessidades temporais, não basta esperar os socorros de Deus; faz-se mister ainda pedir-Lhos.
Jesus Cristo deixou no Pai nosso o modelo perfeito da oração; aí faz-nos Ele pedir o “pão de cada dia”.
A respeito desse dever da prece, não haverá frequente negligência nossa? Que imprudência e que loucura! Privamo-nos assim, por leviandade, da proteção de Deus, a única soberanamente eficaz.
Os Capuchinhos, diz a legenda, nunca morrem de fome, porque recitam sempre piedosamente o Pai nosso. Imitemo-los, e o Altíssimo não nos deixará à míngua do necessário.
Peçamos, pois, o pão quotidiano. É uma obrigação a nós imposta pela fé e pela caridade para com nós mesmos.
Poderemos, porém, elevar as nossas pretensões e pedir também a riqueza? Nada a isso se opõe, contanto que essa prece se inspire em motivos sobrenaturais e fiquemos bem submissos à vontade de Deus.
O Senhor não proíbe a expressão de nossos desejos; pelo contrário, quer-nos bem filiais para com Ele. Não esperemos, no entanto, que Ele se curve às nossas fantasias; a própria bondade divina a isso se opõe.
Deus sabe o que nos convém. Só nos concederá os bens da terra se eles puderem servir à nossa santificação.
Entreguemo-nos completamente à direção da Providência, e digamos a prece do Sábio:
Nem a riqueza nem a pobreza, eu Vos peço, Senhor. Dai-me somente o que preciso para viver, pois receio que, cumulado de bens, me sinta tentado a dizer: Quem é o Senhor? E impelido pela indigência, me veja forçado a roubar, ou a blasfemar contra o nome do meu Deus”.

Fonte: retirado de “O Livro da Confiança” do Rev. Pe. Thomas de Saint-Laurent.

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