49° Aparição - EU VOS PEÇO DE SER O MEU APÓSTOLO EM CUMPRINDO A MISSÃO QUE EU VOS PEDI


Aparições de Duzulé


Sexta-feira - 6 Outubro de 1978
09:15 hs - Primeira Sexta do mês na Capela da Irmãs

Madalena Aumont:
Como quase todos os dias de escola, levo as minhas crianças à escola e vou à capela fazer uma visita a Cristo no tabernáculo.
Cheguei às 9 horas ; estava sozinha.
Às 9h15 exactamente (o quarto de hora tocava na igreja), a Luz apareceu-me.
Pensei em ir buscar a Irmã Bruno, mas não tive tempo : Jesus apareceu-me, com as mãos estendidas para mim como que para me acolher. Ele disse-me :
"Fazei o sinal da Cruz."
Ele sorri-me sempre. Em seguida, juntou as mãos e, com um ar triste, disse:
"Rezai e fazei penitência sem descanso."
O seu ar era grave . E disse-me, em segredo:
"Pela terceira vez, Madeleine, Eu vos peço de ser o Meu Apóstolo em cumprindo a missão que Eu vos pedi.
Não receieis, vós sereis odiada por causa de Mim.
Mas depois, filhos de luz se levantarão nesta cidade."
Depois de um silêncio :
'Vós hoje, ainda Me vêdes, mas vós não Me voltareis mais a ver , e no entanto continuarei a visitá-la através do Meu Corpo e do Meu Sangue."
Após um breve silêncio :
"Mas quando esta Cruz fôr erguida na terra, então vós voltareis a ver-Me. Pois nesse momento, desvendarei às Igrejas os Mistérios que estão escritos no LIVRO DA VIDA que acaba de ser aberto.
Dizei ao bispo o que vós acabastes de ver e ouvir. "
Em seguida, Jesus sorriu e disse-me:
"Apesar das Minhas súplicas, não vos inquieteis, pois tendes uma sabedoria que mais ninguém aqui tem ; a sua calma e o seu silêncio são os sinais visíveis da Minha Palavra, neste mundo em que dominam a acção e o arrojo. Que o vosso rosto reflicta sempre a Presença Invisível.
Digo-vos, obedeceis ao vosso Superior. Só ele é que é encarregue nesta terra de fazer a Vontade do Meu Pai, mas infelicidade para o mundo em perigo pois ele demora."
Em seguida Jesus sorriu-me e desapareceu.(19)
Mas no dia 6 de Outubro de 1978, Jesus disse-me algo que me diz respeito e que revelo aqui por escrito.
Quando ele disse-me: "Rezai e fazei penitência sem cessar", o seu ar era grave, e continuou olhando para mim com um ar triste: "Não saia desta cidade mais do que um dia. Velai e rezai. Espereis cada dia a vinda do Filho do Homem. Peço-vos que faça isto por penitência, vossa recompensa será grande".
Prometi a Jesus cumprir o que Ele me pediu, de o fazer por penitência.
Jesus que conhece os nossos pensamentos, sabia que como eu nunca tinha viajado, o meu maior prazer era de sair, de viajar um pouco, de ir até Lourdes.
Mas como penitência, Jesus pediu-me para nunca sair desta cidade, mais do que um dia, tal como uma religiosa sacrificada na sua clausura. Assim, eu não devo sair mais do que um dia desta cidade, significa ficar a velar e a rezar, esperando dia após dia a vinda do Filho do Homem.
Claro que é um grande sacrifício, mas é deste modo que devo fazer penitência, para a realização do desejo de Deus, para a elevação da Cruz Gloriosa.
Que todos os que lerem estas linhas rezem por mim. Para que eu não deixe nada por fazer do que Deus me pede. Pois eu prometi a Cristo fazer penitência, como Ele mo pediu e desejo obedecer-Lhe por toda a minha vida, nunca distrair-me pelas viagens, quaisquer que sejam.
19.- Em Dozulé, numa manhã de 1978 caiu o grande calvário de pedra. Cristo ficou com os braços e as pernas partidas.
QUADRAGÉSIMA NONA MENSAGEM - Parte 2
Sonhos e conversão de Roland Aumont, em Janeiro de 1979.
O meu marido partiu em peregrinação a Lourdes, e estou muito contente por ele ter lá ido. Ele modificou-se após a sua súbita conversão. Disse a uma pessoa: "Madeleine não pode acompanhar-me por causa da sua mãe que tem 90 anos e também dos meus filhos que ainda são pequenos. Mas espero bem que um dia ela não só irá a Lourdes mas como também a Jerusalém".
Pois eu ainda não lhe tinha dito o que Jesus disse-me no dia 6 de Outubro de 1978, na sua última Mensagem.
Tenho de vos falar do meu marido o qual não era nada crente. Quando ele me via ir à Missa aos Domingos, dizia-me sempre: "Estás a perder o teu tempo."
Algumas pessoas que conhecem a Mensagem de Jesus, diziam-me: "Não a compreendo, mas eu no seu lugar, diria ao seu marido". Eu respondia-lhes sempre: "Não, nunca, não antes que a Igreja afirme a verdade da Mensagem."
Mas um dia tive um sonho, ao que dantes chamavam sonhos :
eu vi Jesus que me disse: "Chegou a altura de dizer ao seu marido."
Foi mesmo no princípio de 79. E depois desse dia, havia qualquer coisa que me incentivava a falar-lhe.
Pensei em dizer-lhe no dia 28 de Março, dia aniversário da minha primeira visão da Cruz.
Escrevi, então, ao Padre Gires, director das peregrinações de Lisieux. O Meu Senhor encarregou-o da Mensagem. Pedi-lhe para autorizar-me a contar no dia 28 de Março, e ele deu-me a autorização por escrito.
Tinha-me encarregue de lhe escrever, prevenindo-me para que o meu marido não estivesse presente quando eu recebesse a resposta. Portanto, durante toda a semana em que o meu marido estava de manhã, eu não recebi resposta alguma.
O Padre Gires só me respondeu na semana a seguir. Mas o meu marido estava presente. Foi no dia 2 de Fevereiro 1979.
Ele perguntou-me: "Quem é que te escreve de Lisieux ?"
Respondi-lhe: "É o Padre Gires."
"Porque é que ele te escreve ?"
Eu disse-lhe: "Ele responde à minha carta."
Quando ele leu a carta do Padre Gires, disse-me, bastante zangado: "Não quero saber de nada dessas coisas de igreja."
Eu disse-lhe: "vou contar-te tudo no dia 28 de Março. "
E ficou assim.
No Sábado e no Domingo não se falou de nada.
Mas na 2ª feira, coisa rara, encontrei-me sozinha com ele à mesa. A Irmã que costumava vir todas as 2ªs feiras tinha-me dito que não podia vir nessa 2ª feira.
A minha mãe , doente, tinha ficado na cama e os meus filhos tinham voltado para a escola. Enfim, encontrei-me só com ele na nossa pequena cozinha. Ele tinha acabado de chegar do trabalho, da fábrica de Dives.
Na 2ª feira dia 7 de Fevereiro 79, ele diz-me: "Não é preciso esperares pelo dia 28 de Março para dizeres-me o que tens para dizer-me. É agora que eu quero saber."
O meu coração batia fortemente. Tinha chegado o momento de lhe contar o segredo que eu tinha guardado durante quase 9 anos.
No fundo de mim, eu suplicava a Deus que me ajudasse, que me escutasse após tantos anos de rezas para que o meu marido se convertesse. Mas eu tinha medo porque 3 dias antes, ele tinha-me dito: "Não quero saber de nada dessas histórias de igreja. "
Em primeiro lugar, mostrei-lhe o rascunho da carta que escrevi ao Padre Gires, para que ele compreendesse um pouco do que se tratava. Pois eu tinha-lhe escrito que lhe diria no dia 28 de Março, dia em que eu vi a Cruz pela primeira vez.
Então quando ele leu a carta, ou mais precisamente o rascunho, ele disse-me: "Tu viste uma Cruz ?"
Eu respondi logo de seguida: "Sim." Contei-lhe a primeira vez que vi a Cruz e a primeira vez que vi Cristo. Ele escutou-me , e o seu rosto ficou pálido, parecia estar comovido com o que eu lhe contava. A seguir, disse-me (a sua voz tremia): "Tu, Cristo!! Se eu tivesse sabido antes, nunca te teria dito o que disse. Peço-te desculpa; inclino-me perante ti. Tens o meu respeito: caí do alto. Agora tudo é tão diferente. Dou-te a minha palavra de honra que vou modificar-me." Ele tinha lágrimas nos olhos.
Falámos da Mensagem, assim, durante todo o dia. Depois, ele quis ir à capela ver as Irmãs. Foi recebido pela Irmã Bruno, entrou na capela com ela e ajoelhou-se, disse-me ela. Rezou um Pai Nosso e uma Ave Maria. Acho que ele chorava.
Ele estava tão transtornado que não saiu durante 3 dias. Se vocês soubessem como eu estava feliz, ouvi-o pronunciar o nome de Jesus. Agora ele sabe que Jesus está presente, que está vivo e entre nós.

A maior graça que Jesus me deu desde a Mensagem foi a conversão do meu marido.

Eu nunca devia ter duvidado que um dia ele pudesse converter-se. Jesus disse: "Peçam e recebereis." Eu pedi-lhe tantas vezes que convertesse o meu marido. Ofereci-lhe cada penitência pela sua conversão. E depois eu devia ter pensado mais cedo que Jesus não podia desunir o que uniu pelo matrimónio.
Nós nunca depositamos suficientemente a nossa confiança em Jesus, que nos ama tanto e que quer escutar-nos e ajudar-nos.
Mas ainda tive receio de que, mais tarde, esta conversão fosse apenas passageira. Mas não. Ele foi algumas vezes à Missa, sem que eu lhe dissesse algo. Tenham a certeza que agradeço a Jesus por todas as graças que Ele me deu.
E depois, isto é uma grande ajuda para mim. Agora ele faz tudo para que eu possa ir à Missa.
Na 3ª feira passada, fomos levá-lo à estação dos comboios. Ele partiu para Lourdes, numa peregrinação dos antigos combatentes das guerra. Ele estava radioso e em paz. Peço à Nossa Senhora para que Ela o encha de graças e de alegria, não uma alegria material, que não é nada, mas uma alegria espiritual, que o acompanhará até ao último dia sobre esta terra*, para que esta paz e esta alegria sejam eternas na companhia de Jesus, que no encherá de seu bens.
M. Aumont, " Cahiers de Madeleine ".
* Roland Aumont convertido no dia 5 de Fevereiro 1979, nasceu para o céu no dia 21 de Junho 1995.

 

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