EVANGELHO DO DIA 31/03/2015

Terça-feira, 31 de Março de 2015.

Santo do dia: Beato Boaventura de Forli, presbítero
Cor litúrgica: roxo

Evangelho de hoje: São João 13, 21-33.36-38

Primeira leitura: Isaías 49, 1-6
Leitura do livro do profeta Isaías:

1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”. 4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5E agora me diz o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 70 (71)

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse. Desde o seio maternal, o meu amparo.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 13, 21-33.36-38

- Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
- Salve, ó rei, obediente ao Pai; vós fostes levado para ser crucificado como um manso cordeiro é conduzido à matança.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Comentário do dia  por Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Tratado sobre São Lucas 10, 49-52, 87-89

«Em verdade te digo: não cantará o galo, antes de Me teres negado três vezes!»

Irmãos convertamo-nos: tomemos cuidado para que não ocorram entre nós disputas de precedência para nossa perdição. É verdade que os apóstolos discutiam entre si (cf Lc 22,24), mas isso não é desculpa para nós: é um convite a tomarmos cuidado. É certo que Pedro se converteu no dia em que respondeu ao chamamento do Mestre, mas quem pode afirmar que a sua própria conversão foi repentina? […]
O Senhor dá-nos exemplo. Nós tínhamos necessidade de tudo; Ele não precisa de ninguém e, no entanto, apresenta-Se como mestre de humildade, servindo os seus discípulos. […]
Pedro, rápido de espírito, mas ainda frágil nas disposições do corpo (cf Mt 26,41), foi prevenido de que iria negar o Senhor. A Paixão do Senhor encontra imitadores, mas não iguais. Assim, não censuro Pedro por ter negado o Senhor; felicito-o por ter chorado. Uma coisa vem da nossa condição humana, a outra é um sinal de virtude, de força interior. […] Mas, se nós o desculpamos, ele não se desculpou. […] Preferiu acusar-se do seu pecado e justificar-se com uma confissão, em vez de agravar o seu caso com negações. E chorou. […]
Pedro chorou, mas não se desculpou. Quem não se pode defender pode lavar-se: as lágrimas lavam as faltas que nos fazem corar quando as confessamos de viva voz. […] As lágrimas confessam a falta sem tremer […]; as lágrimas não pedem perdão e, no entanto, obtêm-no. […] Boas lágrimas, as que lavam a falta! E aqueles para quem Jesus olha sabem chorar. Pedro negou uma primeira vez e não chorou, porque o Senhor não estava a olhar. Negou uma segunda vez, ainda sem chorar, pois o Senhor ainda não estava a olhar. Negou uma terceira vez; Jesus olhou para ele e ele chorou amargamente. Olha para nós, Senhor Jesus, para que saibamos chorar os nossos pecados.


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