POR QUE MAIO É O MÊS DE MARIA?

 

Devoto de Maria que sou, fui tomado por uma curiosidade repentina, que me encabulava, perguntei-me como deveria ter surgido a dedicação do mês de Maio a Nossa Senhora. Com certeza talvez esta pergunta tenha passado por nossas mentes muitas vezes... Como fiel devoto da Virgem Maria, irei ajudá-los a descobrir como Maio se tornou o mês de Maria. Maio é o quinto mês do ano civil. No Hemisfério Norte, por volta do dia 21 de Março dá-se o início da Primavera, enquanto no Hemisfério Sul vive-se o Outono.

Com estudos e pesquisas cheguei à conclusão de que a devoção de dedicar este mês a Virgem tenha surgido por volta do século XIII, na Europa, em um período de grande “marianismo” e conclui que mais ainda por uma questão climática, Maio é o mês das flores e se encontra na plenitude da Primavera, neste tempo as árvores florescem e os jardins se ornam com flores de todos os tamanhos, odores e cores. Para homenagear a Mãe do Filho de Deus, alguém muito sabiamente escolheu este mês por ser ele todo florido, fazendo um comparativo de Maria: “A flor mais bela do jardim de Deus”. E pessoalmente acredito que esta dedicação se reforçou pela semelhança das palavras: Maio e Maria.

Depois da dedicação do mês de Maio à Maria, já no século XIX, vemos que durante o mês inteiro, tinha-se por costume prestar culto (coroações e ofícios) as imagens de Nossa Senhora. Crianças vestidas de anjos, que homenageavam Maria, Virgem e Rainha, colocando-lhe véu, palma, rosário à frente dos fiéis reunidos, enquanto cantavam cânticos e hinos a ela dedicados, no final, era coroada a imagem e crianças jogavam sobre ela pétalas de flores. Historiadores dizem que as coroações das imagens de Nossa Senhora se espalharam depois de 1849, pela ação dos Padres Lazaristas e das Irmãs da Caridade. Não que elas não existissem antes, porém não eram tão divulgadas e nem possuíam ritos próprios para tal cerimônia. 

Dedicar um mês a Maria, com certeza é uma prática bem antiga, chega a ser difícil ter uma precisão de data, é antes de tudo algo que faz parte da tradição do povo, que nas igrejas e capelas do mundo inteiro lhe dedicam ofícios, ladainhas, terços e as belas coroações. Essa é a maneira carinhosa de reconhecermos aquela que trouxe ao mundo o Filho de Deus (cf. Lc 1,26-38), pois não há “Jesus sem Maria e Maria sem Jesus”.

Ao recordarmos a Mãe estamos recordando o Filho, pois quem prestigia a Mãe certamente prestigia o Filho. Durante o mês de Maio dedique a Maria orações e preces e participe sempre destra tradição popular que presta esta bela homenagem a Serva do Senhor. Não nos esqueçamos das palavras do celebre Doutor da Igreja, Santo Afonso de Ligório: “Um verdadeiro devoto de Maria Santíssima jamais se perde”.

André Luiz Oliveira

Seminarista Redentorista

Sorocaba/SP.

Obs. Autor do Livro: Contemplando a Ladainha de Nossa Senhora (2010) e membro da Academia Marial de Aparecida. 

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