HISTÓRIA DE SANTA RITA–Parte II

Quadro que representa o Milagre das Abelhas de Santa Rita, quando esta ainda era um bebê. As abelhas a rodeavam e entravam em sua boca sem feri-la.

Continuação do post: História de Santa Rita – Parte I

O nascimento de Santa Rita teve ainda outra particularidade que, segundo se conta, caracterizou também o nascimento dos santos Doutores João Crisóstomo e Ambrósio.
Rita, nascida a 22 de maio de 1381 foi, segundo antiga tradição de seu mosteiro, batizada em Santa Maria dos Pobres, em Cássia, porque a povoaçãozinha de Rocca Porena só em 1720 possuiu fontes batismais.
Poucos dias após o batismo sobreveio maravilhoso acontecimento.
Contá-lo-emos com as palavras de Conràdo Ricci, fato relatado por Nediani em sua brilhante e poética vida da santa. Quando Antônio e Amata iam trabalhar nos campos, colocavam sua filhinha em um cestinho de vime, que levavam consigo e abrigavam-na à sombra das árvores .
Um dia, enquanto lavradores e pássaros cantavam em uníssono e os prateados salgueiros murmuravam ao longo do rio Carno, a criança sonhava, com os cerúleos olhos voltados para o céu azul, e agitava suas débeis mãozinhas, quando um grande enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial.
Muitas delas entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem ferrões.
Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos de alegria. Enquanto isso, um ceifeiro que estava próximo, feriu-se com a própria foice dando um grande talho na mão direita.
Dirigindo-se imediatamente para Cássia, para ter os necessários cuidados médicos, viu ao passar perto da criança, as abelhas que zumbiam ao redor de sua cabeça.
Parou e agitou as mãos para livrá-la quando, ao mesmo instante, sua mão cessou de sangrar e o ferimento se fechou. Deu gritos de surpresa; acudiram Antônio e Amata.
O enxame, por poucos instantes disperso, voltou ao lugar de suas delí­cias. E mais tarde, quando Rita for para o mosteiro de Cássia, as abelhas habitarão nas paredes do jardim interno.
Urbano VIII, o Papa das abelhas heráldicas, pediu que lhe levassem algumas dessas abelhas; contemplou-as com atenção, envolveu uma com um fio de seda e a deixou em liberdade.
E esta abelha voltou ao seu enxame, em Cássia. O fato das abelhas brancas é relatado por todos os biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ela se referem.
A Igreja tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas lições do Breviário, e para nós isto é mais do que suficiente.

Fonte: retirado do livro “Santa Rita de Cássia” de Mons. Luís de Marchi.

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