Aqui está – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA MEDITAR SOBRE O NATAL – Parte I

Marcos Aurélio Vieira

“A alegria que teme em expandir inteiramente, de medo de perder a sua delicadeza e sua intimidade”
As tradicionais e lindas canções de Natal são impregnadas de um imponderável que causa em nós uma sensação agradável de ao mesmo tempo estarmos diante de uma cena de muita delicadeza e de muita força.

É o unum de várias impressões que fala à nossa alma e dá uma sensação de que o ar fica impregnado de uma alegria indescritível.
Diz a Sagrada Escritura que Deus criou em sucessivos dias os vários elementos da Criação. No sétimo dia Ele parou e analisou; repousou considerando, e viu que cada coisa era boa e que o conjunto era excelente. Ele analisava a semelhança da Criação com Ele. Porque todas as coisas foram criadas para se assemelharem com Ele.

Então, quando agimos ou fazemos coisas boas, podemos oferecê-las a Ele, por meio de Nossa Senhora, dizendo: “Vede, Senhor, como isto tem traço de semelhança conVosco”. E aí nós podemos ter certeza que do alto do céu uma bênção dEle cai sobre nós.

Nós podemos nos lembrar de nossas impressões de Natal e nós podemos oferecer a Ele dizendo: “Meu Deus, vede como isto tem semelhança conVosco”. E uma bênção de Natal dEle pode cair sobre todos nós. É um modo religioso de festejar o Santo Natal.

O Natal é o primeiro passo do triunfo de Nosso Senhor
A Santa Igreja estabeleceu o Ano Litúrgico com várias fases – Advento, Natal e Páscoa, por exemplo – com a intenção que houvesse alegrias e tristezas especiais, de acordo com a época da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo que nessa fase estava sendo comemorada.

Nosso Senhor Jesus Cristo veio à terra para uma luta e para uma vitória. A sua luta e a sua oblação tinham que terminar numa vitória.

A agonia de Nosso Senhor, na Cruz, foi propriamente a luta dEle contra a morte. Ele ia imergir na morte para depois ressuscitar e para também nós podermos ressuscitar e reinar a Seu lado no céu. A Páscoa é a passagem dEle do estado de morto para vivo, de morto que a si mesmo ressuscita.

Um morto que se auto-ressuscita e vence magnificamente todos os seus adversários. É Deus que vence o demônio; é a verdade que vence o erro; a virtude que vence o crime; a ordem que vence a desordem; a luz que vence as trevas. A Páscoa é fundamentalmente uma festa de triunfo.

O Natal é o primeiro passo para esse triunfo.
Mas o passo mais nobre e mais indigente que se possa imaginar: é um casal colocado na situação mais triste que uma pessoa possa ter na terra na ordem humana dos valores.

A Casa de David, com o rei Salomão, havia chegado ao auge de prestígio no mundo, a tal ponto que uma misteriosa Rainha de Sabá foi a Jerusalém só para admirá-lo na sua grandeza e na
sua glória.

Entretanto, por ocasião do nascimento do Menino de Jesus, a Casa de David estava de tal maneira jogada no chão, que São José era um carpinteiro e Nossa Senhora era a prima relativamente abastada que tinha casado com um carpinteiro pobre, e que tinha ido assumir a condição desse carpinteiro.

São José não era um carpinteiro próspero. Ele, príncipe da Casa de David, vai registrar-se em Belém para obedecer as ordens de um soberano estrangeiro, César Augusto, que dominava naquele tempo a Terra Santa, a Judéia, a Galiléia, que eram parte do domínio romano.

Pode-se imaginar o descendente e legítimo herdeiro dos antigos reis obedecendo a um decreto do imperador vencedor. Mais ainda: qual era a razão desse decreto de César Augusto? Vaidade!

Ele queria saber quantos homens obedeciam ao seu poder. Por causa disso ele mandou fazer um recenseamento e mandou que cada um se recenseasse no lugar que era de sua família.

O ramo de origem de São José era de Belém, uma cidadezinha. Então, São José foi lá para registrar-se, para desta forma manifestar a glória do imperador estrangeiro…


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