9° Aparição - A SERVA DO SENHOR TERÁ FALADO NUMA LÍNGUA QUE LHE É ESTRANGEIRA

 APARIÇÕES DE DUZULÉ


Sexta-feira - 06 de Julho de 1973 
19:00 hs - na capela

Madalena Aumont
Uma luz, depois Jesus apareceu-me, como da outra vez, em lugar do Tabernáculo, as mãos esticadas na minha direção para me acolher; o Seu olhar é maravilhosamente belo e o Seu sorriso é muito meigo. Tudo isto é muito difícil de descrever, de tal modo é belo.
Após alguns instantes, Jesus levanta o braço direito na minha direção e coloca a outra mão no Seu peito. Ele disse :
"Tenheis a bondade de repetir o seguinte" :
"Misit Dominus Manum Suam et dixit mihi : Spiritus Dominus docebit vos quaecumque dixero vobis."
(O Senhor estendeu a mão e disse : "O Espírito, o Senhor vos ensinará tudo aquilo que Eu vos terei dito.")
Seguidamente, com o Seu braço ainda erguido na minha direção e a Sua mão esquerda no Seu peito, Ele disse-me :
"Ide dizer ao bispado todas as palavras que Eu vos ditei. E a serva do Senhor terá falado numa língua que lhe é estrangeira."
Não me recordando de nenhuma palavra em latim que o Senhor me tivesse dito desde o princípio, disse-lhe :
"Mas, Senhor, eu já não me lembro." Ele disse-me :
"Recordai-vos da Minha Palavra : vós testemunhareis em virtude do Meu Nome e não tereis necessidade de vos esforçar para saber aquilo que tereis de dizer pois Eu estarei convosco."
Depois, Jesus desapareceu.
Por conseguinte, era preciso ir ter com o Monsenhor Bispo, e por muito que Jesus me tivesse garantido que nada tinha a temer, eu hesitava se havia de ir; e depois quando iria? Eu não sabia muito bem; no entanto, eu sabia perfeitamente que tinha de ir. Eu não podia ir sozinha; e depois, cabia ao Senhor Bispo decidir; eu não devo fazer nada por minha própria iniciativa.
Primeira Sexta-feira do mês de Agosto de 1973.
No momento em que eram 18 horas na pequena capela, diante do Santo Sacramento que foi exposto para essa primeira Sexta-feira do mês, o meu espírito encontrava-se numa grande paz e alegria.
Eu esperava impacientemente " Jesus ", este Jesus de Amor que se dignou visitar-me na última Sexta-feira. Que tesouro, que tamanha beleza meus olhos e meu espírito descobriram na Sua presença! Apenas durava alguns minutos de cada vez, mas quando esses minutos da presença de Jesus durarem uma eternidade, Oh! Como será agradável e maravilhosa essa eternidade nessa luz "esplêndida."
Mas chegaram as 19 horas, os segundos pareciam-me intermináveis. Esperei então até às 19h45 depois, cheguei à conclusão de que Jesus não iria vir; era tarde demais. O meu coração estava bastante triste, parecia-me que tudo se estava a desmoronar.
Deixei a pequena capela a chorar como uma criança.
Quando entrei em casa, os meus filhos perguntaram-me o que é que eu tinha. Não lhes respondi. Felizmente que o meu marido não estava em casa. Era a semana em que ele trabalhava de tarde, e só voltaria às 21h30.
Nessa mesma noite, não dormi quase nada. Eu interrogava-me acerca do que é que eu poderia ter feito ao Senhor para que Ele não me visitasse pois Ele tinha-me dito: "Todas as sextas-feiras, eu visitar-vos-ei " ; e eu pensava para comigo mesma, que Ele não me tinha visitado, possivelmente por causa de um senhor, o qual durante a manhã tinha-me falado quase em voz alta diante do Santo Sacramento. Ele disse coisas que não deveria ter dito pois o que ele me disse estava isento de caridade - fiquei muito aflita por causa do Santo Sacramento que se encontrava mesmo ali diante de nós - e pensei que nesse preciso momento era necessário ter um grande recolhimento e um grande respeito face ao Santo Sacramento.
Pensei também que podia ser que eu não tivesse feito o que o Senhor me tinha pedido da última vez. Jesus tinha-me dito: " Ide dizer ao bispado todas as palavras que Eu vos ditei ", e isso não havia sido feito.
Na manhã do dia seguinte, fui ter com o Senhor Bispo, dizendo-lhe que queria ir dizer, o mais cedo possível ao bispado, tudo o que o Senhor me tinha dito ; era uma missão necessária que eu tinha de cumprir uma vez que o Senhor mo tinha pedido - e desejava lá ir o mais depressa possível, pois eu precisava de cumprir a vontade de Jesus.
Fui então com o Senhor Padre e a Irmã Bruno ver um membro do bispado, como mo tinha pedido Jesus.
Não me recordando ainda de nada do latim, garanto-vos que hesitava e eu perguntava-me o que é que eu iria dizer-lhe peço até hoje perdão ao Senhor por ter hesitado, já que Ele me tinha dito: " Eu estarei convosco."
De facto, Jesus estava mesmo comigo.
De repente, lembrei-me de todas as palavras em latim que Jesus me tinha ditado desde o princípio ; o Espírito Santo guiava-me ; foi Ele que me fez recordar tudo.
Eu estava muito emocionada e surpreendida por ver como, assim tão de repente, eu pude dizer todas essas palavras desconhecidas. Não tive qualquer instrução e vós penseis que o latim me é completamente estrangeiro.
Não sei se o Espírito Santo o quis, mas quando entrei para o carro ao sair do bispado, contei à Irmã Bruno e ao Senhor Padre, todas as palavras estrangeiras que o Senhor me tinha dito desde o início.
Foi o Espírito Santo que me fez relembrar tudo.
Sem Ele, eu não teria sido capaz de dizer uma só palavra. E sei que o Senhor Padre e a Irmã Bruno ficaram emocionados ao ouvirem-me.
Vindo de Bayeux, eu sentia-me em grande paz.
Sentia-me sobretudo muito feliz por ter cumprido o que Jesus me tinha pedido e agradecia ao Espírito Santo, na vinda, por me ter feito recordar de tudo.
Sem Vós, Espírito Santo, nada existe, nada é possível, somos apenas trevas. Mas quando nós Vos possuímos, tudo é alegria, tudo é amor, tudo é possível.

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