MEDITAÇÃO 1º SÁBADO DE MAIO DE 2015

AscençãoAscensão de Nosso Senhor

Introdução:

Vamos dar início à meditação reparadora dos primeiros sábados, que nos foi indicada por Nossa Senhora, quando apareceu em Fátima em 1917. Pedia Ela que comungássemos, rezássemos um terço, fizéssemos meditação dos mistérios do Rosário e confessássemos em reparação ao seu Sapiencial e Imaculado Coração. Para os que praticassem esta devoção, Ela prometia graças especiais de salvação eterna.

A incontestável vitória de Cristo, com a sua ressurreição, ficou ainda mais patente na sua gloriosa Ascensão; acontecimento grandioso que, dentro de alguns dias, será celebrado pela Santa Igreja em todo mundo cristão.

Composição de lugar:

Como composição de lugar, devemos nos imaginar entre os Apóstolos e discípulos, que tiveram o inestimável privilégio de assistir à Ascensão de Cristo.

Oração preparatória:

Pai-nosso…

I – Jesus nos preparou o caminho para subirmos ao Céu

Grandiosa cena, e de acontecimento inédito, foi a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo! Elias também subiu, mas arrebatado num carro de fogo e não pelas próprias forças. Cristo, pelo contrário, “subiu ao Céu pelo seu próprio poder; primeiro pelo poder divino; segundo, pelo poder da Alma glorificada que movia o Corpo como queria pois esse corpo era também glorioso”. (1) Os Apóstolos e discípulos já O haviam visto andar sobre as águas, entrar no Cenáculo a portas fechadas, ocultar-se de modo misterioso em meio à multidão, mas ignoravam que seriam testemunhas da sua partida, quando chegasse a hora. E com os Apóstolos devemos crer que, por sua Ascensão, Jesus “preparou-nos o caminho para preparar-vos um lugar’, e com as palavras do livro de Miqueias: ‘Subiu, diante deles, Aquele que abre o caminho’. E porque Ele é a nossa cabeça, necessário se faz que os membros sigam para onde ela se dirigiu. Por isso diz o Evangelho de São João: ‘De tal sorte que lá onde Eu estiver também vós estejais’”. (2)

1 – Onde se encontra a verdadeira fonte da alegria

Do Monte das Oliveiras a Jerusalém – de onde, segundo São Lucas, Nosso Senhor subiu ao Céu – os discípulos, cheios de jubilo dirigiram-se a Jerusalém. Começava assim uma nova etapa na vida da Igreja nascente.

Esse mesmo júbilo estará sempre presente mediante a graça ao comparecerem aos tribunais judaicos ou romanos, dando maravilhosos testemunhos de sua Fé em Cristo crucificado, ressuscitado, e ascendido aos Céus.

2 – Ligação entre o Antigo e o Novo Testamento

Diz o Evangelho, que os Apóstolos “estavam continuamente no Templo louvando a Deus” (Lc 24, 53).

São Lucas, nos mostra como nos primeiros tempos de vida da igreja, os discípulos ainda compareciam ao Templo para as suas orações. A Santa Igreja não se separou da Sinagoga de forma abrupta e violenta. O Templo estava intimamente ligado à vida de Jesus, e os que iam receber o Espírito Santo, com humildade, veneração e piedade, se preparavam indo rezar na casa de oração, da qual o Mestre havia expulsado os vendilhões por duas vezes. Eles consideravam o Templo com uma perspectiva muito diferente da de seus conacionais. Gradualmente a Igreja foi-se tornando autônoma sem, no entanto desprezarem a lei, seguindo-a de acordo com os aperfeiçoamentos que Jesus ensinara.

II – Maria vivia em constante oração

Maria certamente intercedeu junto a Deus para inspirar os Apóstolos a que permanecessem em oração no Cenáculo. N’Ela, a dimensão de sua humildade era a mesma da de sua fé, virginalidade e grandeza. Ela estava rezando ao pé da Cruz, no Calvário; agora A encontramos em profundo recolhimento. Depois da descida do Espírito Santo, a Escritura não mais A mencionará e, provavelmente, o resto de seus anos, Ela os viveu em intensa oração, constituindo-Se no insuperável modelo da mulher cristã. Que Ela nos obtenha todas as graças para seguirmos suas vias e virtudes.

Maria certamente intercedeu junto a Deus para inspirar os Apóstolos a que permanecessem em oração no Cenáculo. N’Ela, a dimensão de sua humildade era a mesma da de sua fé, virginalidade e grandeza. Ela estava rezando ao pé da Cruz, no Calvário; agora A encontramos em profundo recolhimento. Depois da descida do Espírito Santo, a Escritura não mais A mencionará e, provavelmente, o resto de seus anos, Ela os viveu em intensa oração, constituindo-Se no insuperável modelo da mulher cristã. Que Ela nos obtenha todas as graças para seguirmos suas vias e virtudes.

III – “Não vos deixarei órfãos”

O próprio Jesus havia afirmado: “É melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-Lo enviarei. […] Eu vou para o Pai, e já não Me vereis” (Jo 16, 7.10).

Em contrapartida, Ele mesmo prometera: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). E realmente Ele está entre nós, na Eucaristia, debaixo dos véus das Sagradas Espécies. Ademais, nunca deixa de nos acompanhar: “Subindo aos Céus, Ele não abandona de modo algum aqueles que adotou”. Estas belas palavras de São Leão Magno fazem eco às de Nosso Senhor: “Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18).

Consola-nos constatar o quanto essa promessa tem sido cumprida ao longo destes vinte e um séculos, dia após dia, das mais variadas maneiras. Não poderia ser que sua Ascensão pudesse constituir no abandono daqueles por quem Ele Se encarnou e morreu no Calvário. Seu retorno ao Pai só pode ter-se dado na sequência desse amor incomensurável d’Ele a cada um de nós. A Ascensão deu-se por uma conveniência sua, mas também para benefício nosso. São Tomás nos ensina: “O lugar deve ter proporção com quem nele está. Ora, Cristo, após a Ressurreição, deu início a uma vida imortal e incorruptível, e o lugar em que habitamos é lugar de geração e de corrupção, ao passo que o lugar celeste é um lugar de incorrupção. Logo, não era conveniente que Cristo, após a Ressurreição, permanecesse na Terra e, sim, que subisse ao Céu”. (3)

Oração final:

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição e Ascensão de vosso Filho Jesus Cristo, Senhor nosso, concedei-nos, Vo-lo suplicamos, que por Maria Santíssima, alcancemos uma vida reta e a bem-aventurança eterna. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Notas bibliográficas:

1) SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. III, q.57, a.3.

2) Idem, a.6.

3) Idem, a.1.

FONTE: APOSTOLADO DO ORATÓRIO – ARAUTOS DO EVANGELHO

Fonte: Salve Maria Imaculada!

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