AQUI ESTÁ O CAMINHO MAIS DOCE. AMENO, SEGURO, EM UMA PALABRA, PERFEITO PARA O CÉU. _ Parte I

"Porta do Céu" - Para o céu, não há caminho mais seguro, mais ameno e mais certo que a Virgem Santíssima!
No céu!…
É para lá que nos devem conduzir as nossas piedosas investigações sobre as misericórdias da Mãe de Deus.
No céu!… É bem lá que a poderemos contemplar a descoberto; e que poderemos admirar durante toda a eternidade as maravilhas que o Senhor nela acumulou.
É aí que compreenderemos, em fim, tudo o que Maria foi para nós durante o nosso exílio, todos os tesouros do seu amor e todos os expedientes do seu coração de Virgem e de Mãe.
Ó Maria! É consolador demais pensar nisso! Ver-vos, amar-vos, sem receio de se ver de vós separado! Lançar-se entre os vossos braços! Ser apertado contra o vosso coração! Inebriar-se de vossa felicidade! Louvar-vos, exaltar-vos e em vós exaltar o Altíssimo, que vos fez tão maravilhosamente bela, doce e compadecida!
Ó incomparável Virgem, é um excesso de felicidade, e aí não posso parar, pois o exílio da terra se tornaria insuportável; a veemência dos desejos romperia este débil invólucro que conserva prisioneira a minha alma e a impede de voar para vós.
Oh! Quando cair a muralha, quando, sobre as suas ruínas, nós nos encontrarmos lá no céu pela vez primeira; quando o meu olhar encontrar o vosso; quando o meu coração se encontrar com o vosso e se abrasar ao contato desta chama que não se extinguirá jamais!
Ó Maria, ó Maria! Eu entrevejo e até sinto o inebriamento desta felicidade! Oh! Quando, ó minha Mãe! Quando se realizará este encontro? Quando?
Fazei que toda a minha vida seja uma preparação para esta hora, e que a previsão desta primeira entrevista me dê a coragem e a força de caminhar generosamente no caminho da perfeição.
Chegaremos, pois, ao céu, ó amado irmão em Maria! Ali chegaremos se amarmos sinceramente a Maria, porque esta Virgem Santíssima é a própria porta do céu, como o canta a Igreja: “Janua Caeli”.
“A porta do céu se abrirá diante de todos aqueles que confiam na proteção de Maria”, diz São Boaventura. Eis porque Santo Efrém chama a devoção à augusta Mãe “a chave que abre as portas da Jerusalém celeste”.
E o devoto Luis de Blois lhe fala nestes termos: “Grande Rainha, é a vós que são confiados os tesouros e as chaves do reino dos céus”.
“Quando temos uma viagem em projeto, diz um piedoso escritor, nós nos preocupamos muito a respeito dos caminhos”. De fato, é uma coisa importante. O caminho será longo e difícil?
Haverá costas escarpadas e rodeios perigosos? Será cheio de precipícios, semeado de obstáculos, infestado de salteadores?
Nós nos orgulhamos de nossos belos caminhos, tão retos, tão largos, tão bem conservados; mais orgulhosos ainda somos de nossas vias férreas, sobre as quais deslizam os carros, sem abalos e com uma rapidez vertiginosa, oferecendo-nos todo o conforto do luxo moderno.
Ah! Se houvesse um tal caminho para o Paraíso!…
Pois bem! Indicar-vos-ei um caminho sobrenatural e espiritual, munido de todas as graças e de todas as alegrias; doce, frágil, seguro, em uma palavra, perfeito.
Antes do nascimento da humilde Virgem, o céu estava fechado; Deus não descia mais dele; e o homem não podia subir até ele.
Mas desde que Maria desapareceu deste mundo, recomeçaram as comunicações. Jesus, tomando, para chegar até nós, o caminho de Maria, nos indica que por ele podemos nós chegar até a pátria celeste.
Maria é o caminho mais curto, porque é por excelência o caminho reto. Ela conduz diretamente a Deus, e não vai senão a Deus. Não tem subterfúgios, nem desvios.
Caminho doce e fácil. Ele não se parece com estes caminhos que o bem-aventurado de Montfort pinta com tão negras cores, em que se passa por noites escuras, por lutas e angústias estranhas, por sobre montanhas escarpadas, nos espinhos bem agudos dos desertos horríveis!
Se aí encontrarmos cruzes, esta boa Mãe se torna tão próxima e tão presente a seus servos fieis, para os iluminar nas trevas, para os esclarecer nas dúvidas, para os fortalecer nos seus receios, e para os sustentar nos combates e dificuldades que, na verdade, este caminho virginal para encontrar Jesus Cristo é um caminho de rosas, em comparação dos outros.
Todos os obstáculos são desviados dele, isto é, os pecados que afastam o homem do serviço de Deus. É, de fato, o caminho imaculado, que não conheceu o pecado original e nem o pecado atual.
Os inimigos do bem se veem impotentes contra aqueles que seguem as veredas de Maria.
Eles podem ladrar, mas não mordem!


Fonte: retirado do livro “”Porque amo Maria” do Rev. Pe. Júlio Maria de Lombaerde.



























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