MEU FILHO NÃO QUER IR À MISSA. E AGORA?- Parte II

Como convencer meu filho a ir à missa? A partir de que idade é obrigatório ir? Estas e outras perguntas esclarecidas pelos especialistas


Por que os obrigamos a fazer tantas coisas? Porque achamos que isso é o melhor para suas vidas, porque queremos que sua passagem por esta vida seja feliz.
Supõe-se que, por trás destas obrigações, encontra-se o exemplo dos pais. Mas por que não “obrigamos” os filhos a conhecer Deus e a se relacionar com Ele? Não queremos sua salvação?

O amor obriga a certas coisas. E uma mãe, melhor do que ninguém, sabe muito bem disso. Por amor a Deus e à nossa salvação, nós nos obrigamos a ir à missa. Nossa fé nos obriga a transmitir essa própria fé.
Todos nós temos a obrigação de dedicar parte do nosso tempo a consagrá-lo a Deus e a dar-lhe culto, esta é uma lei gravada no coração. É lei natural dar culto a Deus, e a missa é o ato fundamental de culto cristão.
Assim, a Igreja concretiza o terceiro mandamento da Lei de Deus e o dever dos cristãos é cumpri-lo, além de ser um imenso privilégio e uma honra.
Agora, lembremos o que Jesus disse aos apóstolos: “Deixem que as criancinhas venham a mim”. Portanto, é preciso incentivar o encontro das crianças com Deus, promovê-lo.
Como? Entre outras coisas, com o exemplo.
Mas, claro, ninguém ama o que não conhece. Se não se conhece Deus, se não se conhece o valor da Missa, se não se conhece a importância dos sacramentos, vai ser difícil dar um exemplo coerente aos filhos.
Já sabemos que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Mas, se Deus é amor, como funciona a coisa? É simples: damos a Deus o que Ele nos dá, entregando-nos a Ele com todo o coração, a alma, as forças, a mente (cf. Lc 10, 27).
O que significa amar a Deus sobre todas as coisas? Significa que nossa capacidade de amar é dirigida primeiramente a Deus, tem Deus como prioridade; significa amar a Deus acima de tudo e de todos, amando tudo e todos por amor a Ele.
Jesus também nos pede que amemos o próximo como a nós mesmos (Mt 22, 39). Em outras palavras, para poder amar o próximo, precisamos primeiro amar a nós mesmos.
Jesus não diz para “amar o próximo ao invés de amar você mesmo”, nem “amar o próximo antes de a você mesmo”, e sim “como você ama a si mesmo, amará os outros”.
Ou seja, na medida em que você quer ou busca seu bem espiritual e sua relação com Deus, nessa mesma medida é que buscará o bem espiritual dos outros, começando pela sua família: esposo(a), filhos etc.
Como combinar estes dois amores: o amor a Deus e o amor a nós mesmos? Onde podemos encontrar esses dois amores? Simples: na santa missa, na vida sacramental, na oração.

O que Deus e a Igreja nos pedem?
O terceiro mandamento da Lei de Deus nos pede para santificar as festas. E o primeiro preceito da Igreja nos pede ouvir a missa inteira todos os domingos e festas de preceito.
A Igreja, como mãe, quer o nosso bem presente e eterno, e por isso pede que todos os fiéis participem da missa aos domingos e nas festas de preceito.
“No domingo e nos outros dias festivos de preceito os fiéis têm obrigação de participar na Missa; abstenham-se ainda daqueles trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do dia do Senhor, ou o devido repouso do espírito e do corpo” (Direito Canônico, c. 1247).
“A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Os fiéis atestam desse modo a sua comunhão na fé e na caridade. Juntos, dão testemunho da santidade de Deus e da sua esperança na salvação. E reconfortam-se mutuamente, sob a ação do Espírito Santo” (Catecismo, 2182).

Quem tem o dever de ir à missa?
As leis eclesiásticas (cânon 11) obrigam os fiéis “sempre que tenham

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Fonte: Aleteia

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