17° Aparição - EU SOU JESUS DE NAZARÉ O FILHO DO HOMEM RESSUSCITADO DE ENTRE OS MORTOS

APARIÇÕES DE DUZULÉ


Sexta-feira - 31 de Maio de 1974
das 9:45 hs às 10:05 hs

Madalena Aumont:
Não esperava a visita de Jesus pois não estávamos na primeira sexta-feira do mês.
Mas todas as manhãs, depois de levar os meus filhos à escola, vou até à capela visitar Jesus e de seguida, o padre dá-me a Comunhão.

No dia 31 de Maio de manhã, fui à capela tal como nos outros dias. O Senhor Padre ainda não me tinha dado a Comunhão, quando a Irmã Bruno veio buscá-lo para ir ver um doente. Este doente morava mesmo ao lado, e o Senhor Padre disse-me : " Penso que não me ausententarei por muito tempo, dar-voe-ei a Comunhão quando regressar. "
Nessa altura, fiquei então sozinha na capela. De repente, vium a auréola de Luz aparecer como das outras vezes no sítio do Tabernáculo. A auréola era mais larga e parecia mais baixa do que das outras vezes. Estava sozinha mas a Luz parecia esperar por alguém. Corri na direção do refeitório contíguo à capela. Disse à J., uma empregada, que fosse imediatamente buscar a Irmã Bruno, a qual pensava estar a dar a sua aula àquela hora.
Regressei depressa à capela, diante da Luz que permanecia presente, mas sozinha. Ajoelhei-me ; e nesse preciso momento alguém apareceu, mas não era Jesus.

Quando a Irmã Bruno chegou, disse-lhe : " Está aqui alguém mas não é Jesus. É alguém que eu não conheço. "

Desta vez, senti-me realmente na capela, não como das outras vezes, em que eu me sentia como que transportada para outro lugar, e quando a Irmã Bruno entrou, ouvi-a perfeitamente, não como das outras vezes, em que não ouvia e nem sequer via nada, tão cativada estava eu pela visão de Jesus.
Esta personagem desconhecida segurava uma espécie de estandarte e em cima, havia uma pequena cruz ; esta, tal como a haste, eram da mesma cor e brilhavam como o ouro. Debaixo da cruz, parecia haver uma auriflama em tecido, com três palavras das quais penso ter visto a primeira e a última : " QUIS... DEUS " (quem é como Deus). A haste terminava na sua extremidade inferior por uma pequena ponta em forma de lança ou de espada. A personagem parecia ter os cabelos curtos e encaracolados, parecia um soldado. A Sua túnica era curta, a sua mão direita segurava a haste pelo meio, e uma espécie de cilha apertava-lhe a barriga das pernas.
Como ele estava a olhar para mim, perguntei-lhe : " Quem sois vós ? "
Ele respondeu-me :
" Bem haja " (cumprimentou-me com a cabeça)
" Eu sou Miguel o Arcanjo, foi Deus que me enviou.
Vós vereis os Mistérios do Redentor e repetireis cada uma das frases, uma a seguir à outra à medida que as vos ditarei. "
Eu disse-lhe : "Se foi Deus que vos enviou, eu obedecerei-vos. "

O Arcanjo ainda estava presente quando ele me disse :
" Per Mysterium Sanctae Incarnationis Tuae(7). " (" Pelo Mistério da Tua Santa Incarnação. ")
E nesse momento, ele desapareceu.

Depois, vi alguém vestido de branco, ajoelhado. Pensei que era um Anjo. Ele olhava para uma linda rapariga, que tinha um lenço na cabeça. Quando ela o viu, cumprimentou-o, e ficou com a cabeça inclinada. Ela colocou uma mão e depois a outra no peito, da mesma forma que o Senhor me tinha ensinado. Reparei nesse gesto que me impressionou. Após alguns segundos, tudo desapareceu.

Depois, voltei a ver o Arcanjo que me disse :

" Per Nativitatem Tuam. " ( " Pela Tua Natividade. ")

O Arcanjo desapareceu.

Nesse momento, vi então um bebé num berço de vime ou em cima de palha em forma de berço ; com muita gente em volta com fatos compridos, e que pareciam olhá-Lo e admirá-Lo ... depois, tudo desapareceu.
Voltei a ver o Arcanjo no mesmo sítio (penso que ele estava lá sempre, eu é que já não o via mais, talvez por causa da importância do quadro vivo que eu presenciei). Ele disse-me :

" Per Baptismum et Sanctum Jejunium Tuum. " (" Pelo Teu Baptismo e pelo Teu Santo Jejum. ")

O Arcanjo desapareceu diante dos meus olhos e vi Jesus, acompanhado por um homem grande, mas menos do que Ele. Ele estava vestido com uma espécie de capa que parecia ser em pele de pelo raso.

Vi água a correr como uma ribeira e este homem que a deitou sobre a cabeça de Jesus. Ele segurava numa escudela, encheu-a com água da ribeira e deitou-a sobre a cabeça de Jesus.
Após alguns segundos, Jesus subiu um caminho e, quando chegou ao cimo sentou-Se. Cruzou as mãos, levantou os olhos para o céu como para rezar e depois, tudo desapareceu.
Voltei a ver o Arcanjo que me disse :
" Per Crucem et Passionem Tuam. " (" Pela Tua Cruz e pela Tua Paixão. ")

O Arcanjo desapareceu e vi Jesus trazer sobre o Seu ombro direito, uma cruz que parecia ser muito pesada. Ele levava-a penosamente, andando pelo meio do caminho.

De cada lado desse caminho, uma multidão de pessoas parecia rir. Algumas levantavam a mão como para lhe deitar algo.

Apesar do peso da Sua Cruz Jesus, não caiu o que para mim foi uma surpresa; por várias vezes pensei que Ele fosse cair no meio do caminho. Pobre Jesus.
Depois, a imagem desapareceu.
O Arcanjo voltou de novo e disse-me :

" Per Mortem et Sepulturam Tuam. " (" Pela Tua Morte e pela Tua Sepultura. ")

Vi Jesus na Cruz, aparentemente morto, com a cabeça inclinada para a frente, em tronco nu, com uma larga chaga do lado direito, e debaixo da chaga, um fio de sangue seco, penso eu.

Três pessoas estavam junto da Cruz - uma de cada lado, de pé - olhando com tristeza para o Rosto de Jesus. A do meio estava de joelhos a Seus pés, e apertava com as suas duas mãos o pé da Cruz, parecendo querer beijar os pés de Jesus.

Senti as minhas lágrimas correrem. Os pés de Jesus estavam pousados num suporte de madeira.

A imagem desapareceu ; vi de novo o Arcanjo que me disse :

" Per Sanctam Resurrectionem Tuam. " (" Pela Tua Santa Ressurreição ")
Nesse momento, vi de novo Jesus vivo.

Enchi-me duma maravilhosa alegria ; Ele apareceu-me tal como da primeira vez, na noite do dia 27 de Dezembro de 1972, sorrindo e com as mãos estendidas na minha direcção como para me acolher. Pareceu-me que O via pela primeira vez.
Depois de tê-Lo visto morto na Cruz, vi-O vivo - Jesus vivo, ressuscitado de entre os mortos.

Ele disse-me :
" Eu sou Jesus de Nazaré, o Filho do Homem ressuscitado de entre os mortos ."

" Olhai as minhas Chagas. "
Com a Sua mão direita, afastou o lado direito do hábito (bem que parecia não ter abertura).

Vi então uma chaga larga que não tinha sangue. Na costa da Sua mão direita, vi um pequeno buraco. Vi também um orifício na palma da sua mão esquerda estendida para mim, e outro em cada um dos pés. A seguir, Jesus disse-me :

" Aproximai-vos e tocai na Minha Costela. "
Levantei-me ; aproximei a minha mão direita e com dois dos meus dedos (com o indicador e o médio), toquei a borda da Sua chaga que parecia profunda.
Senti uma grande emoção e disse : " Senhor, vós sofrestes tanto por nós. "
Estava triste ao pensar no que Jesus tinha sofrido pelo mundo, pelo pecado do mundo, pela ingratidão do mundo e por nós todos, pobres pecadores.
Voltei a pôr-me de joelhos e Jesus voltou à Sua posição habitual, com as mãos estendidas na minha direcção. O Seu hábito voltou também à sua posição normal.
Depois, Jesus disse-me :

" Dizei o seguinte em voz alta : "

Jesus ditava-me frase após frase e eu repetia-as a seguir.

" Jesus pede para anunciar ao mundo inteiro a oração que Ele vos ensinou.

Ele pede para que a Cruz Gloriosa e o Santuário sejam construídos pelo fim do Ano Santo, porque será o último Ano Santo.

Que cada ano seja lá celebrado uma festa solene no dia em que Madeleine viu a Cruz pela primeira vez.
Todos aqueles que, cheios de confiança, irão lá arrepender-se, serão salvos nesta vida e para toda a eternidade.
Satanás não terá jamais poder sobre eles."
Após alguns instantes e com uma voz muito grave :

"Em verdade, vos digo, Meu Pai mandou-Me para vos salvar e para dar-vos Paz e Alegria.
Sabiam que Sou Amor e Compaixão."
Ele disse ainda :

"Isto é o fim da Minha Mensagem."

Jesus estava sempre presente enquanto o Arcanjo, sem se mostrar, me disse as seguintes palavras as quais eu repeti :

"Per Admirabilem Ascensionem Tuam. " (" Pela Tua Admirável Ascensão. ")
Nesse momento, Jesus levantou a mão para mim e disse-me :

"Que a Paz esteja convosco e com todos aqueles que de vós se aproximem."

Jesus baixou a mão, vi-O subir devagar e levemente e depois, desaparecer.
Voltei a ver o Arcanjo que me disse :
"Per Adventum Spiritus Sancti Paracliti. " (" Pela vinda do Espírito Santo, o Paracleto. ")
Desta vez, o Arcanjo não desapareceu ; ficou e disse-me :

" Jesus acabou de nos deixar. A Sua Mensagem terminou, mas vós voltareis a vê-Lo. "
Ele disse ainda isto, o que eu repeti :

" Per cujus imperii Nomen est in aeternum, ab omni malo libera nos Domine. " (Por Aquele cujo Nome tem um Reinado Eterno, livrai-nos de todo mal, Senhor.")

E sem precisar repeti-lo, o Arcanjo disse :

" Isto quer dizer : Por Aquele cujo Nome tem um Reinado Eterno, livrai-nos de todo mal, Senhor. "
Depois : " Dizei o seguinte em voz alta : "

"Deus condena os padres por causa da lentidão na realização do seu trabalho e da incredualidade que demonstram. Deus pediu aos padres que anunciassem ao mundo as maravilhas Daquele que chamou Madeleine das trevas à Sua admirável Luz, porque a Cruz Gloriosa embelezará a cidade de Dozulé. Eles não o fizeram. Isto é a razão da falta de água nesta cova.
Uma grande calamidade de seca vai cair sobre o mundo inteiro. Que os padres leiam com atenção a Mensagem e que respeitem escrupulosamente aquilo que lhes foi pedido.
Peça à pessoa aqui presente que vos dê uma vela. "
Voltei-me e pedi a Irmã Bruno que me desse uma vela.

Quando a segurei, o Arcanjo disse-me :

" Pousai-a acesa no sítio onde Cristo vos deixou. Que todos aqueles que venham a esta capela façam igual. "
Um instante depois :
"Vós tendes todo o dia para dizê-lo ao padre e às pessoas que vos desejam ouvir ; vós lembrar-vos-ei e elas ficarão surpresas pela vossa memória.
Que o padre encontre uma pessoa que lhe leia a Mensagem três vezes e que o repita : ela não será capaz. "
O Arcanjo olhou para mim e disse-me :

"Escrevei o que eu vos disser quando chegar a casa. Vós devereis dar este escrito ao padre, no momento que ele vos disser: " Eu vou-me encontrar com o bispado, na semana do Sagrado Coração. "
Fazei uma novena a qual vós começareis no dia do Sagrado Coração.
Esta novena é composta dum Mistério por dia, os Mistérios que vos foram ensinados.
Depois, ide ver o bispo. Vós dir-lhe-eis que é Deus que vos manda. Dai-lhe a Mensagem completa e que ele tome conhecimento dela. As portas abrir-se-ão e o coração do bispo fundir-se-á"
Guardei então este escrito com precaução em casa, esperando que o Senhor Padre me dissesse a frase anunciada.

O Senhor faz as coisas bem : na quarta-feira dia 12 de Junho, o Senhor Padre veio à minha casa para me dizer : " Eu vou-me encontrar com o bispado na próxima semana. "
Eu disse-lhe : " É a semana do Sagrado Coração. " Ele respondeu-me : " Não sei de nada… " " Tenho a certeza... " " Porquê?... " Então eu dei-lhe a mensagem que o Arcanjo me tinha ditado - e era de facto durante a semana do Sagrado Coração que o Senhor Padre tinha o encontro com o bispado.
Depois, fizemos uma novena todos juntos na capela. Começamo-la no dia do Sagrado Coração, como o tinha pedido o Arcanjo.
Esta novena terminaria no sábado da semana seguinte e o Arcanjo tinha dito : " Depois ides ver o bispo. "

Eu queria lá ir, não no dia a seguir porque era domingo mas dois dias depois. Sentia-me levada a ir e alguma coisa me empurrava. Não tinha nenhum meio de transporte (penso que teria ido na minha mota) mas tinha de ir. Deus queria-o e pelo Arcanjo, Ele tinha-mo dito. Um inexplicável ímpeto dava-me força para ir ao bispado com a minha mensagem completa.
A minha decepção foi tão grande quando o Senhor Padre me disse: " Mas não se pode ir ver o bispo assim, tenho de marcar um encontro ; e para mais, talvez o bispo não esteja lá, ele não vos receberá assim ; e devemos obedecer, devemos sempre obedecer. "

O meu ímpeto era tão grande que o Senhor Padre impediu-me - ele disse-me : " Devemos obedecer. "

No entanto eu tinha vontade de desobedecer porque eu sabia que era Deus que me tinha dado este ímpeto para ir ver o bispo e dar-lhe a mensagem que Deus me tinha dado.
Se vos digo que até chorei por causa disso; era um desafio.
Mas obedeci ao Senhor Padre.
No entanto tinha a certeza de que o bispo me receberia, que as portas me seriam abertas.
Mas para contentar os homens, desobedeci a Deus.
Creio que Deus me condenou por causa disso.
7- Texto em latim da Ladainhas das Rogações (ou Ladainhas dos Santos), entre a Ascensão e Pentecostes.
Primeira Sexta-feira do mês de Junho.
Jesus não apareceu.

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