SAGRADO CORAÇÃO, EUCARISTIA E NOSSA SENHORA
Na Santíssima Eucaristia descobrimos com o sentido da fé esse mesmo Coração – o Coração de Majestade Infinita – que (nela) continua latejando com o amor humano de Cristo, Deus-Homem.
A fim de mais nos afervorarmos nessa devoção, não será supérfluo salientar o vínculo indissociável entre o Sagrado Coração e o Sacramento da Eucaristia. Neste, Jesus está realmente presente em corpo, sangue, alma e divindade. Portanto, nele se acha vivo e palpitante o seu Coração adorável que convida a si todos os homens. É através da Eucaristia que Ele realiza as suas promessas, fazendo-nos objetos de seu insondável amor, conforme nos ensina o Papa João Paulo II:
“A infinita majestade de Deus se oculta no Coração humano do Filho de Maria. Este Coração é nossa Aliança. Este Coração é a máxima proximidade de Deus junto à história e aos corações humanos. Este Coração é a maravilhosa condescendência deDeus: o Coração humano que pulsa com a vida divina; a vida divina que pulsa no coração humano.
“Na Santíssima Eucaristia descobrimos com o sentido da fé esse mesmo Coração – o Coração de Majestade Infinita – que (nela) continua latejando com o amor humano de Cristo, Deus-Homem.
“Quão profundamente sentiu este amor o Santo Papa Pio X! Quanto desejou que todos os cristãos, desde os anos da infância, se aproximassem da Eucaristia, recebendo a santa comunhão: para que se unissem a este Coração que é, ao mesmo tempo, para cada um dos homens, Casa de Deus e Porta do Céu.
“Casa, uma vez que, através da comunhão eucarística, o Coração de Jesus estende sua morada a cada um dos corações humanos. Porta, porque em cada um destes corações humanos, Ele abre a perspectiva da eterna união com a Santíssima Trindade” (Meditações da Ladainha do Sagrado Coração, junho de 1985).
Devemos, pois, ir ao Santíssimo Sacramento para encontrarmos o Sagrado Coração, aí acessível a todos, infatigável, prodigalizando as maravilhas de sua bondade, de sua terníssima compaixão pela humanidade pecadora.
Melhor ilustração desse vínculo não poderíamos evocar, senão a que nos mostram as próprias aparições de Paray-le-Monial: na maioria das vezes, o Sagrado Coração se revelou a Santa Margarida-Maria numa hora em que esta, humilde e recolhida nos abençoados silêncios da capela, orava fervorosamente diante do Santíssimo Sacramento.
Imitemos o edificante exemplo dessa zelosa filha de São Francisco de Sales, dessa alma eleita que, por suas excelentes virtudes e obras, até o fim de sua vida não cessou de glorificar e exaltar o divino Coração de Jesus. E, por isso mesmo, mereceu ser inscrita para sempre no rol dos heróis da Fé.
Sim, procuremos seguir o caminho traçado por Santa Margarida-Maria. Sem nunca nos esquecermos, porém, de que devemos fazê-lo implorando a onipotente mediação de Nossa Senhora. Melhor intercessora não poderíamos invocar, pois Ela é a Mãe do Homem-Deus, Aquela que engendrou e nutriu de seu próprio sangue o Coração de Jesus, A que trouxe encerrado no seu claustro virginal essa fonte de amor infinito, cujas pulsações desde então batem em uníssono com as de seu Coração Imaculado.
Ela é, sobretudo, A que soube corresponder de modo exímio, crescente e ininterrupto às ardentes efusões da caridade de seu Divino Filho, junto a Quem não cessa de pedir por todos e cada um de nós. “Através do Imaculado Coração de Maria permanecemos na aliança com o Coração de Jesus, que é o mais esplêndido e perfeito Tabernáculo do Altíssimo” (João Paulo II, idem). (Sagrado Coração de Jesus, Tesouro de Bondade e Amor”, Mons João Clá Dias, EP)
Fonte: Arautos do Evangelho
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