SAL E LUZ NA PLANICIE DO QUOTIDIANO
Sal e luz na planície do quotidiano
... quando atraímos o olhar de todos para Deus, e não para nós mesmos, é que somos sal da terra e luz do mundo.
A Liturgia da terça-feira da X Semana do Tempo Comum nos convida a refletir sobre o compromisso que abraçamos no dia de nosso Batismo, quando nos tornamos cristãos, discípulos missionários do Senhor, vivendo de modo especial a Proposta que Jesus nos fez no Sermão da Montanha (Mt,5 1,-12.
Fazer brilhar a luz de Deus na noite do mundo, e como sal dar gosto e sentido de Deus a todo o existir, é a nossa grande missão.
A mensagem do Evangelho (Mt 5,13-16) é o desdobramento do Sermão da Montanha que, se verdadeiramente vivido na planície, nos faz sal da terra e luz do mundo.
Seguidores do Senhor não podem se instalar na m
ediocridade, jamais se acomodar, mas pôr-se sempre a caminho, sem nenhuma possibilidade para comodismo e facilidades.
Ser sal e luz implica em total fidelidade dos discípulos ao programa anunciado por Jesus nas Bem-Aventuranças: ser pobre em espírito, misericordioso, puro, sedento de justiça e paz e capaz de sofrer toda forma de incompreensão, calúnia e perseguição.
Ser cristão é um compromisso sério, profético, exigente no testemunhar do Reino em ambientes adversos. Não se pode viver um cristianismo “morno” instalado, cômodo, reduzindo a algumas práticas de Oração e de culto (até mesmo de uma Missa apenas aos domingos, como simples expressão de preceito cumprido).
Somente quando o nosso agir revela a ação e o compromisso com o Projeto Divino é que somos sal da terra e luz do mundo, e apresentamos Jesus como a Luz de todos os Povos, de todas as nações.
Somente quando atraímos o olhar de todos para Deus, e não para nós mesmos, é que somos sal da terra e luz do mundo.
Discípulos missionários do Senhor devem se preocupar permanentemente em não atrair sobre si o olhar de todos, mas deve, antes e sempre, se preocupar em conduzir o olhar e o coração de todos para Deus e à Proposta de Seu Reino de Amor, Vida e Paz.
Sendo sal, que jamais percamos o gosto, do contrário para nada serviremos. Sendo luz, que jamais permitamos que ela se apague, não obstante as dificuldades próprias da existência.
Que tenhamos a coragem de comunicar a luz de Deus na escuridão do quotidiano.
Que jamais percamos o gosto do sal de Deus: gosto da partilha, do acolhimento, da misericórdia, da caridade. Tão somente assim a luz de Deus, que em nós habita pelo Seu Espírito, comunicará luz aos que se encontram ao nosso redor.
Sal e luz, sejamos sempre! Sermão da Montanha ouvido e acolhido, na planície da vida anunciado, testemunhado e corajosamente vivido. Amém!
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