NOSSA SENHORA DA ROSA MÍSTICA
Em 1947, em Montechiari, situada a alguns quilômetros de
Bréscia, norte da Itália, uma enfermeira chamada Pierina Gilli, nascida no dia 3
de agosto de 1911, encontrava-se num quarto do hospital onde trabalhava, quando
teve uma visão de uma belíssima Senhora vestida com uma túnica púrpura e com um
véu branco cobrindo-lhe a cabeça. Em seu peito estavam encravadas três espadas e
seu celestial rosto tinha feições muito tristes. A Virgem chorava e disse em sua
primeira aparição disse: "Oração, Penitência e Expiação".
Na segunda aparição a Virgem apresenta-se de branco e em lugar
das três espadas traz no peito três rosas: uma branca, uma cor-de-rosa e outra
dourada. A Virgem disse a Pierina que o Senhor a enviara especialmente para
ajudar aos sacerdotes e às ordens religiosas.
Suas palavras foram mais ou menos assim: "Sou a Mãe de Jesus
e Mãe de todos vocês". "Nosso Senhor me envia para implantar uma nova devoção
mariana em todos os institutos tanto masculinos como femininos, nas comunidades
religiosas e em todos os sacerdotes. Eu prometo-lhes que se venerarem desta
maneira especial, gozarão particularmente de minha proteção e haverá um
florescimento de vocações religiosas. Desejo também que o dia 31 de cada mês
seja consagrado como dia mariano e os doze dias precedentes sirvam de preparação
com orações especiais, e o dia 13 de julho de cada ano seja dedicado à "Rosa
Mística".
A Virgem explicou também o significado das espadas e das três
rosas:
A primeira espada: representa a escassez das vocações.
A segunda espada: representava os pecados mortais dos
sacerdotes, monges e monjas.
A terceira espada era por causa dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas.
A terceira espada era por causa dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas.
A Rosa branca: o espírito de oração.
A Rosa Vermelha: o espírito de expiação e sacrifício.
A Rosa dourada: o espírito de penitência.
A terceira aparição ocorreu na capela do hospital de
Montechiari, durante a celebração eucarística. Maria Rosa Mística disse: "Meu
Divino Filho, cansado das incessantes ofensas, quer dar curso à sua justiça e
quer colocar-me como intermediária entre os homens e em particular entre as
almas dos religiosos e Ele". A vidente agradece em nome de todos os
presentes e ela responde: "Vivei de amor".
Na quarta aparição a Virgem suplica oração e penitência, pedido
que se repete na quinta aparição.
Na sexta aparição, Maria expressa o desejo de que em
Montechiari seja venerada sob a invocação de "Rosa Mística", unida à veneração
de seu Coração Imaculado, especialmente nos conventos e Institutos Religiosos.
Na sétima aparição, a Virgem disse sorrindo: "Eu sou a
Imaculada Conceição, sou a Mãe da Graça, Mãe de meu Divino Filho, Jesus Cristo,
quero que ao meio-dia de cada 8 de dezembro seja celebrada a "hora da graça" por
todo o mundo e prometo que mediante esta devoção serão alcançadas graças para a
alma e para o corpo".
Depois destes acontecimentos, Pierina passou vários anos em
Bréscia como ajudante em um convento de religiosas. Em 1966 começa a segunda
etapa das aparições. Em fevereiro desse ano Pierina volta a ver a Virgem e lhe
anuncia que aparecerá no dia 17 de abril em Fontanelle, um bairro de
Montechiari. Nesse lugar havia uma fonte numa gruta onde ocorreram várias curas
físicas e espirituais.
A Virgem apareceu no dia anunciado e assim se manifestou:
"Meu divino Filho Jesus é todo amor e me enviou para dar um poder milagroso
de cura a este fonte... Que os enfermos e todos os meus filhos peçam perdão a
meu Divino Filho, beijem com muito amor a Cruz, tirem água da fonte e
bebam-na... Desejo que os enfermos e todos meus filhos venham à fonte da
graça".
Nossa Senhora manifestou mais vezes. Em Fontanelle, disse, no
dia 6 de agosto: "Meu divino Filho Jesus me envia novamente aqui para pedir a
formação da Liga Mundial da Comunidade Reparadora, que deve ter início no
próximo 13 de outubro e estender-se por todo o mundo todo a cada ano".
Essas aparições aconteceram em Montichiari e em
Fontanelle, subúrbio de Montichiari, na Itália. Os bispos de Bréscia,
desde 1966 até os dias de hoje, proibiram a devoção pública a Rosa Mística. No
ano de 2001, o bispo atual, Mons. Giulio Sanguineti, determinou a organização da
dispensa dos sacramentos e do culto mariano em Fontanelle, estabelecendo um
sacerdote responsável pelo atendimento daquela comunidade. Além disso, uma nova
associação de fiéis – Rosa Mistica Fontanelle– foi constituída, para a
promoção e divulgação da devoção a Nossa Senhora, na localidade de Fontanelle,
sob orientação do Bispo de Bréscia.