MARIA

A menina Maria de Nazareth
Maria (do grego Μαρία, María, transliteração do hebraico מרים, Maryam, Miriã ou Miriam, que significa "contumácia" ou "rebelião"; a origem é incerta, mas pode ter sido originalmente um nome egípcio, provavelmente derivado de mry ("amada") ou mr ("amor"), no sentido de "senhora amada"; era a mãe de Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia. Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., para alguns estudiosos teria nascido em Nazaré. A veneração feita à Virgem Maria é conhecido por Marianismo e Maria é considerada, pela Igreja Católica, Co-Redentora da humanidade.
Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli". A Cyclopædia (Ciclopédia) de M'Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: "É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno. (Números 26:33, Números 27:4-7)." Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era «filho de Eli» (Lucas 3:23)]
 Apresentação de Maria
Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem Maria teria nascido a 8 de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos "apócrifos" Evangelho do nascimento de Maria e do Protoevangelion e é também de uma antiga tradição que remonta ao século II que seu pai seria São Joaquim, descendente de Davi, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descendência do Sacerdote Aarão.
Maria e sua prima Isabel
De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
A Visitação a Santa Isabel, Domenico Ghirlandaio, 1491, Museu do Louvre, Paris.Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.
 
 Nos Evangelhos

O papel que ocupa na Bíblia é mais discreto se comparados com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem (em grego παρθένος), quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.
É dezenove vezes citada no Novo Testamento, entre elas: «A virgem engravidará e dará à luz um filho ... Mas José não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus.» (Mateus 1:23-25), "Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. ... será chamado Filho do Altíssimo." Maria pergunta ao anjo Gabriel: "Como acontecerá isso, se sou virgem [literalmente: se não conheço homem]?" O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1:26-35).

Fatos notáveis
As passagens onde Maria aparece no Novo Testamento são:
  • A visitação à sua prima Isabel e o Magnificat (Lc. 1,39-56).
  • O nascimento do Filho de Deus em Belém, a adoração dos pastores e dos reis magos (Lc. 2,1-20).
  • A sua purificação e a apresentação do Menino Jesus no templo (Lc. 2,22-38).
  • À procura do Menino-Deus no templo debatendo com os doutores da Lei (Lc. 2,41-50).
  • Meditando sobre todos estes fatos (Lc. 2,51).
  • À procura de Cristo enquanto este pregava e o elogio que Lhe faz (Lc. 8,19-21) e (Mc. 3, 33-35).
  • Stabat Mater - Ao pé da Cruz quando Jesus aponta a Maria como mãe do discípulo e a este como seu filho (Jo, 19,26-27).
E não há mais nenhuma referência ao seu nome nos restantes livros do Novo Testamento, salvo em Lucas (11, 27-28): Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram.

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